Flávio Dino (Justiça), Rui Costa (Casa Civil) e José Múcio (Defesa) se encontraram no Palácio do Planalto para debater ideias para a segurança do estado. Cláudio Castro, governador do RJ, foi a Brasília pedir auxílio. Os ministros Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça) e José Múcio Monteiro (Defesa) se reuniram na tarde desta quarta-feira (25) no Palácio do Planalto para discutir a nova crise na segurança pública do Rio de Janeiro.
Nesta semana, mais de 30 ônibus foram incendiados no estado. Segundo a Polícia Civil, os ataques foram em reação a uma operação em que um miliciano acabou morrendo.
O encontro dos ministros, no Palácio do Planalto, acontece no mesmo dia em que o governador do estado, Claudio Castro, tem uma série de reuniões em Brasília para buscar ajuda federal.
O ministro Flavio Dino tem dito que não vê razão para intervenção federal, mas também tem afirmado que o governo Lula discute como "intensificar" a atuação federal no estado, reforçando, por exemplo, os efetivos da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
Nesta terça (24), Dino afirmou também: ''Estamos debatendo o tema da participação das Forças Armadas em algumas áreas.''
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, não se opõe ao envio de mais militares ao estado. Mas para reforçar a atuação que já acontece, por exemplo, nos portos e nos aeroportos.
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Análise de Lula
Nesta terça, Rui Costa afirmou que ele, Múcio e Dino discutirão medidas que possam ser levadas ao presidente Lula.
Segundo o chefe da Casa Civil, uma das opções é reforçar a presença das Forças Armadas nos portos e nos aeroportos, mas sem a necessidade de uma intervenção ou de decretação da chamada Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Rui Costa também disse que os ministros avaliam os limites de atuação de um eventual novo Ministério da Segurança Pública - o ministro Flavio Dino é contrário à criação.
Problema do Brasil
Mais cedo, nesta terça, o presidente Lula afirmou durante reunião do Conselho da Federação que a crise no Rio não é um problema só do estado, mas, sim, do Brasil.
Lula também comparou o que acontece na região ao conflito entre Israel e Hamas.
''O problema da violência no Rio de Janeiro, era muito fácil eu ficar vendo aquelas cenas que ontem apareceram na televisão e antes de ontem, que pareciam a própria Faixa de Gaza de tanto fogo e de tanta fumaça, e dizer 'é um problema do Rio de Janeiro, é um problema do prefeito Eduardo Paes, é um problema do governador Castro'. Não. É um problema do Brasil. É um problema nosso, que nós temos que tentar encontrar a solução '', afirmou o presidente.